terça-feira, 9 de maio de 2017

Empresas podem apresentar propostas para o VLT até 30 de junho


O sistema de trens que atende mais de 600 mil moradores do Subúrbio Ferroviário de Salvador foi mudando com o tempo. Implantado em 1860, ele tomou nos anos 70 a forma que apresenta até hoje, realizando o trajeto entre Paripe e Calçada. Agora, as velhas composições vão dar lugar ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O aviso de licitação para implantação e operação do VLT foi publicado neste mês, no Diário Oficial do Estado (DOE). Divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano (Sedur), o edital de concessão nº 01/2017 define o dia 30 de junho como prazo final para as empresas entregarem as propostas.

 O técnico em purificação de água Robson Santos, 53 anos, nasceu no Subúrbio e durante a vida toda utilizou o trem. Ele aprova a modernização do sistema. “A gente, que está acostumado com a espera na estação e com a falta de conforto nos vagões, vai sentir a diferença quando implantar o VLT. Vamos chegar mais rápido ao destino para trabalhar, para visitar os amigos e não vamos pegar engarrafamento. Tudo vai melhorar. A gente vai sair de casa mais feliz. Vamos viajar no ar condicionado. O VLT vai facilitar tudo”.

 De acordo com o presidente da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), Eduardo Copello, após a entrega das propostas e a verificação da documentação, "o projeto irá a leilão na Bovespa, onde se dará o vencedor da licitação. A conclusão deste processo está prevista para a primeira semana de julho, quando conheceremos a concessionária do VLT. Podem participar empresas nacionais, internacionais ou ainda consórcios”.

 O VLT terá cerca de 19 quilômetros de extensão e 21 paradas. Estão previstas intervenções em duas fases. A primeira, entre o Comércio e Plataforma, tem 9,4 quilômetros. A segunda, entre Plataforma e São Luiz, possui 9 quilômetros. Atualmente, a malha ferroviária que liga Paripe à Calçada tem 13,6 quilômetros.

 Tempo de viagem

 Segundo Copello, o sistema atual opera com trens de 40 em 40 minutos e, futuramente, com o VLT, a disponibilidade será de 10 em 10 minutos. “Em horário de pico, ele vai operar até com intervalos menores. O tempo de viagem também vai mudar. Hoje, da Calçada até Paripe, leva-se 35 minutos. Com a substituição, este mesmo tempo será utilizado para fazer uma viagem mais longa, entre o Comércio e a região de São Luiz. Ou seja, vamos ampliar a velocidade e as possibilidades para a população”.

 O presidente da CTB destaca ainda a integração do sistema VLT com o projeto de desenvolvimento urbano da região do Subúrbio Ferroviário. “É um sistema aberto, que vai permitir uma integração entre o sistema e a urbanização dos bairros. Acreditamos que o VLT, mais do que transporte e mobilidade, é um projeto de requalificação urbana para aquela localidade”.

Nenhum comentário: