quinta-feira, 20 de abril de 2017

Aves que ajudavam na segurança do voo são encontradas mortas em Viracopos

Dois falcões e dois gaviões que ajudavam na segurança do aeroporto de Viracopos, em Campinas, no interior de São Paulo, foram encontrados mortos no último domingo.

 Desde 2010, que as aves de rapina espantavam outros pássaros, como urubus e quero-queros da área do aeroporto. Elas ajudavam a prevenir colisões nos dois momentos mais críticos do vôo: o pouso e a decolagem.

 Segundo Klaus Bigelli, investigador chefe da 4ª Delegacia de Atendimento ao Turista, responsável pelas ocorrências na região do aeroporto de Viracopos, ainda não é possível apontar os responsáveis.

 Segundo o delegado a investigação está em andamento e funcionários e vigilantes estão sendo ouvidos.

 O policial faz questão de dizer que a violência chocou quem conhecia o trabalho feito pelas aves.

 O uso de aves de rapina na segurança dos aeroportos brasileiros começou em 2008. Hoje, além do aeroporto de Viracopos, falcões e gaviões também ajudam na prevenção de acidentes aéreos em outros seis aeroportos.

 Gustavo Trainini é biólogo e falcoeiro e ajudou a treinar as aves do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, o segundo no país a adotar o sistema de controle de fauna. Segundo Gustavo, o impacto na redução de acidentes com a ajuda de falcões e gaviões varia de acordo com a região do país, mas na média, derruba pela metade os riscos de colisões .

 Segundo o Centro de Investigação e Prevenção de acidentes aeronáuticos, o CENIPA, só em 2016 foram registradas 2.155 colisões de aves com aviões nos aeroportos brasileiros.

 Em nota, o aeroporto de Viracopos informou que as aves mortas já foram substituídas pela empresa que presta o serviço e que não houve impactos na segurança do vôo.
Fonte: Agência Brasil

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