sexta-feira, 7 de abril de 2017

Agroindústria de Luís Eduardo Magalhães será modelo para agricultura familiar

O Governo da Bahia tem trabalhado para ampliar o mercado da agricultura familiar. Dentro dessa perspectiva, a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), em parceria com a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) e consórcios públicos, promoveu um intercâmbio para conhecer agroindústrias de pequeno porte, com o Selo de Inspeção Municipal (SIM), do município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste da Bahia.

 Nesta quinta (6) sexta-feira (7) foram visitadas agroindústrias familiares de diferentes sistemas produtivos, como as de avicultura, que abate 500 frangos por dia, com apenas quatro funcionários, e o abatedouro de porco, onde são abatidos 40 animais por dia. Essas duas unidades atuam com o SIM. Também foi conhecida experiência da fábrica de embutidos e defumados que está já com o Selo de Inspeção Estadual (SIE). Como resultado do intercâmbio, será criado um grupo de trabalho composto por representantes da SDR e Adab para discutir sobre as experiências vivenciadas, com o objetivo de ampliar os perfis para atender à demanda da agricultura familiar baiana.

 A agroindústria familiar Pontel, que trabalha com 15 produtos, entre embutidos defumados e torresmos, foi uma das unidades que recebeu a comitiva. O proprietário da unidade, o agricultor Antônio Pontel, comentou que trabalhou duro para receber o SIE. “Quando não tínhamos a certificação, tinha gente que vendia o nosso produto e dizia ser do Pontel e nós não tínhamos como dizer nada. Hoje vendemos com mais segurança, com nosso nome estampado na embalagem e o orgulho no peito de saber que o nosso produto tem qualidade”.

 Novas perspectivas

 Segundo o secretário da SDR, Jerônimo Rodrigues, a expectativa é que o intercâmbio ajude os agricultores familiares em uma esfera estadual, em parceria com outros órgãos estaduais, prefeituras municipais, consórcios e Federação. “Os relatos mostram que ninguém anda sozinho. Se o empreendedor individual ou cooperado não contar com o esforço das prefeituras e o apoio do Estado, por meio de órgãos como a Adab, que pactue ajustes nas infraestruturas, sem exageros, a vida do empreendedor fica mais difícil”.

 Já o diretor-presidente da CAR, Wilson Dias, afirmou que a base de produção, para alcançar determinados mercados, tem que ter um processo de agregação de valor e, hoje, o que a legislação permite fazer ainda é muito limitado. “Por isso, estamos procurando conhecer outras experiências, como a de Luís Eduardo Magalhães, que há oito anos implantou o SIM, selo que dá condições de construir pequenas microindústrias, para abater uma quantidade menor de animais e fazer o beneficiamento de determinados produtos, com investimentos mais próximos do que a agricultura familiar é capaz de fazer”.

 O intercâmbio incluiu a representação de 70 municípios, por meio dos consórcios Piemonte Norte do Itapicuru, Portal do Sertão, Bacia do Jacuípe e de Desenvolvimento Sustentável do Território do Sisal (Consisal), da FecBahia e de prefeituras.

Nenhum comentário: