terça-feira, 7 de março de 2017

Técnicos se unem para discutir enfrentamento à seca


Preocupados com a seca que castiga a região, dizimando rebanhos e acabando com pastos e plantações, técnicos discutem em seminário a estiagem prolongada em Feira de Santana. A iniciativa, coordenada pela Defesa Civil do município, visa buscar alternativas de enfrentamento e convívio com o problema que, segundo os técnicos, vem se agravando a cada período.

 Durante o evento, realizado no Teatro Ângela Oliveira, do Centro de Cultura Maestro Miro, técnicos, estudiosos e representantes de diversos segmentos organizados da sociedade debateram a questão e relataram a situação preocupante provocada pela seca. Nesta cidade, desde o final do ano passado foi decretado estado de emergência em função da estiagem prolongada, que já afeta principalmente a vida do homem no campo.

 As discussões do problema foram abertas por uma mesa formada coordenador municipal da Defesa Civil, Pedro Américo; o secretário de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural (Seagri), Joedilson Machado; a representante da Bahiater, Edilza Reis; a representante da Defesa Civil da Bahia, Caroline Rebouças; o reitor da UEFS, Evandro Nascimento; o representante da Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM), órgão federal, Edgar Iza; o representante do 35º Batalhão de Infantaria, Major Reginaldo Santos; o subcomandante do 2º Grupamento de Bombeiros, Capitão Adriano Bertolino; o representante da Igreja Católica e de ambientalistas, frei José Monteiro Sobrinho; e a representante da Associação Comunitária Rural de Jaiba, Marinalva Lima Nery.

 O evento faz parte das comemorações pela Semana Municipal de Proteção e Defesa Civil de Feira de Santana e visa provocar discussões buscando soluções para o enfrentamento à estiagem prolongada. É uma iniciativa da Secretaria Municipal de Prevenção à Violência e Promoção dos Direitos Humanos, através da coordenação municipal da Proteção e Defesa Civil, em parceria com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Naturais (Semmam) e da Secretaria Municipal de Agricultura, Recursos Hídricos e Desenvolvimento Rural (Seagri).

 Sociólogo por formação, o secretário de Desenvolvimento Social, Ildes Ferreira, pesquisou o semiárido no mundo. “O nosso é menos perverso. Aqui chove mais, porém a gente não sabe aproveitar”, observou, ao ressaltar a preocupação de estar se formando um deserto no Brasil a partir desta região do semiárido.

 A mesma preocupação é do coordenador da Defesa Civil, Pedro Américo, “A seca hoje mobiliza a sociedade organizada para o seu enfrentamento”.

 Enquanto isso, o secretário da Seagri, Joedilson Machado, revelou que o Governo Municipal tem várias mãos tratando desta questão, através de diversas secretarias municipais que unem forças e ações para o enfrentamento da estiagem. “Feira tem uma característica muito boa, que chove mais que em outras regiões do semiárido, mas não sabemos como reter esta água. E sem água não há vida. Por isso entendemos que a engenharia tem que fazer parte desse processo para mudar o quadro de enfrentamento”.

 Durante o evento, o reitor da UEFS, professor Evandro Nascimento, ressaltou o papel da UEFS enquanto instituição de pesquisa comprometida com a região e destacou a importância da universidade ser provocada para promover estudos com esta finalidade.

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