quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Maragogipinho ganha usina de beneficiamento de argila da Setre

Maragogipinho

Bonecas, imagens sacras, panelas, abajures, animais, sandálias, cofres em formato de porco e outros utensílios domésticos e decorativos, fabricados por mãos habilidosas de artesãos/oleiros de Maragogipinho, distrito do município de Aratuípe, no Recôncavo, ganham, a partir desta sexta-feira (14), às 14h, uma usina de beneficiamento de argila.

 O equipamento, que será inaugurado pelo Governo do Estado, por meio da Coordenação de Fomento ao Artesanato da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), vai beneficiar aproximadamente 200 artesãos oleiros e 150 olarias. A usina está localizada na Rua das Flores (Centro). “Com esta iniciativa queremos fortalecer a cadeia produtiva dos artesãos/oleiros integrantes da Associação de Auxílio Mútuo de Maragogipinho (Aamom). Estamos investindo recursos da ordem de R$ 68 mil em beneficio da comunidade”, afirma o secretário estadual do Trabalho e Esporte, Álvaro Gomes.

 Localizado na cidade de Aratuípe, próximo a Nazaré das Farinhas, o distrito de Maragogipinho reúne dezenas de olarias às margens do Rio Jaguaripe. No local, os oleiros, com suas habilidades manuais, fabricam diariamente cerâmica utilitária e decorativa, resultado de uma arte que vai sendo passada de pai para filho.

 Reconhecimento internacional 

 O artesanato representa a principal fonte de renda da comunidade. À beira de um braço do rio Maragogipinho que vai afluir no rio Jaguaripe, as olarias não negam a origem indígena. Muitas estão distribuídas em corredores estreitos, disputando espaço com pequenos cursos d'água cobertos de mangue. As peças em cerâmica produzidas pelos oleiros, em variados formatos e tamanhos, são disputadas pela qualidade em feiras e mercados populares.

 Em 2004, o distrito de Maragogipinho ganhou Menção Honrosa como ‘maior centro cerâmico da América Latina’, ao disputar o prêmio Unesco de Artesanato para América Latina, no Caribe. Atualmente, aproximadamente 2,1 mil habitantes vivem no distrito, onde 95% das famílias sobrevivem dos produtos fabricados à base de barro e argila, segundo estimativa da Aamom, que será beneficiada pela inauguração da usina de beneficiamento de argila.

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